'' Eu tinha passado no vestibular,meu nome estava na lista dos aprovados da faculdade dos meus sonhos,eu e minha mãe tínhamos esperado muito por isso,e agora eu tinha a oportunidade de aprender e crescer na profissão que era mais um estilo de vida. Eu passaria a cursar filosofia.
A cidade onde ficava a faculdade era à oito horas e meia de minha cidade e a passagem era cara, o que significava que minhas visitas a minha casa não seriam tão constantes quanto se eu tivesse passado na faculdade de filosofia da minha cidade vizinha.
Já estava tudo certo,meu pai iria me ajuda nos primeiros meses na cidade nova,até eu arranjar um emprego que desse para minha sobrevivência.
O apartamento já estava alugado,era pequeno,mas ótimo para uma pessoa só.
Quando descobri que tinha passado em nono lugar no vestibular acabei passando mal e fui para no hospital,o médico pediu uma batelada de exames,mais meu pai explicou a ele que era apenas emoção,mas mesmo assim eu tive que encarar a agulha.
A histeria passou e logo veio a comemoração entre amigos... Meu namorado também tinha feito a prova para entrar na faculdade minha, mas não tinha passado. E isso acabou comigo quando fiquei sabendo.
Estou com Joseph a mais ou menos dois anos e meio,nunca nos separamos,nunca brigamos,nunca ficamos tanto tempo longe um do outro.
Na mesma noite da minha comemoração,ligaram para ele para avisá - lo que ele tinha passado na faculdade que era apenas meia hora da nossa cidade.
Todos comemoraram,mais mesmo felizes por termos alcançado nosso sonho,a distância ainda nos assustava,ficamos sem se falar a noite inteira... Mais por medo mesmo de ter que decidir o que aconteceria com a gente daqui uma semana. Quando a comemoração acabou, não tivemos como fugir mais do assunto, Joseph deitou do meu lado,me abraçando e afundando o rosto no meu braço... Eu sabia que quando ele fazia isso era por que não queria conversa...
Mais já não dava para adiar.
- Como a gente faz? - perguntei para ele com medo da resposta.
- Não sei.
Ficamos em silêncio por alguns minutos...
- É isso ? ''Não sei'' ?
Senti as lágrimas dele escorrerem pelo meu braço e naquele instante eu percebi... Não teríamos saída.
Uma semana se passou,e mais varias festas de despedida também... Eu e Joseph estávamos estranhos,com medo,confusos... E bem no momento que mais esperamos para acontecer.
Não falamos mais no assunto até o último dia meu lá.
- Telefone? Mensagem? Webcam?
- Carta? Eu posso tentar ir uma vez por mês...
- É,talvez...
Mas nada nos animava de verdade... Éramos muito unidos,e algo estaria preste a nos separar... A nos deixar oito horas de distância um do outro.
E foi o que decidimos...
Ele me visitaria de dois em dois meses, sabíamos que isso não ia dar certo,mais era o único jeito e a única coisa que não nos fez desistir,eu principalmente,do nosso sonho universitário.
O dia da minha partida havia chegado,todos almoçaram em casa para se despedirem de mim,era uma nova fase que eu teria que enfrentar...
A despedida minha e da minha mãe foi um pouco molhada,mais ela sabia que eu precisava,era o que eu sempre quis. A do meu pai foi um pouco mais silenciosa,apenas conselhos,mas de Joseph foi o mundo desabando embaixo de meus próprios pés e foi o momento mais perto que eu cheguei de desistir e tentar quem sabe ano qui vem na faculdade mais próxima.
Peguei um táxi e fui a caminho da rodoviária,o motorista evitava de olhar pelo retrovisor para não me incomodar,eu chorava... eu chorava... e por mais que eu quisesse,não dava para parar.
---------------------------------------------------------------------------------------------
Eu peguei o carro do meu pai na garagem,sai de lá cantando pneu,minha mãe fez escândalo ao me ver com pressa;
- Joseph,aonde você vai menino? Aonde você vai assim Joseph??
Deixei minha mãe gritando sozinha na esquina da minha casa e fui em direção a rodoviária... Meu coração gritava no meu peito,e minha cabeça girava... há uma hora o médico que atendeu Jolie no hospital o dia que ela passou mal havia me ligado e pedido que eu fosse buscar os exames dela.
O envelope grosso com o nome do médioco e o nome completo de Julie estava no banco do meu lado.
Meu celular tocou,era Ronald,meu melhor amigo.
- Eu não vou voltar!
- O que você ta falando cara? - Rony não sabia...
- O que você quer ?
- Eu tenho uma notícia para te dar... - Ele ria,e gritava e eu nao entendia nada.
- O que?
- Voce passou na segunda chamada para entrar na faculdade de filosofia,a mesma de Jolie.
Desliguei o celular acelerando ainda mais... Meus pensamentos estavam calados,meu único pensamento era chegar vivo e a tempo na rodoviária antes dela partir...
Deixei o carro do meu pai em um estacionamento e liguei para o meu irmão ir buscar ele,disse para ele avisar a mãe que eu não voltaria para o jantar...
Rodei a rodoviária inteira atras da minha morena de casaco preto,mais não achei...
- Moço licença,você sabe se já saiu o ônibus para California?
- Cara,é aquele ali...
Olhei o ônibus roxo fechando as portas... sai desparado em direção a ele
---------------------------------------------------------------------------------------------
Minhas lágrimas assustavam a mulher que estava sentada do meu lado,ela não sabia o que fazer,então decidiu ficar calada no canto dela...
Coloquei o foninho de ouvindo repetindo comigo ' tudo vai dar certo ', será mesmo ?
O ônibus foi saindo devagar da rodoviária ,quando ele deu a partida,eu sentia que havia perdido de fez meu Joseph...
O ônibus deu um tranco para frente fazendo eu derrubar o saquinho de salgadinho que eu estava abrindo,todos pararam para olhar o motorista.
Ele estava conversando com alguém na porta,fazendo sinal de não com a cabeça. As cabeças se ergueram para frente tentando ver o que estava acontecendo,levantei um pouco enxergando lá fora,não via nada...
Sentei de novo pegando o meu saquinho de salgado no chão...
- Quem é Jolie Fanning ? - O motorista gritou da frente, e todos vasculharam o ônibus com os olhos para ver quem era.
Levante assustada com o saquinho em uma mão e a outra cheia de salgadinhos que haviam caído no chão na hora da freada.
- Sou eu - falei sem certeza se era mesmo.
- Conhece? - O motorista apontou para a porta,fui andando pelo corredor sentindo os olhares nas minhas costas. Uma mulher deu espaço no banco dela para eu entrar e olhar pela janela,o fiz.
- Joseph??? - respondi baixo,me pendurei na janela para ter certeza
- Jolie,conhece? - O motorista gritou denovo.
- Conheço,conheço! - O motorista suspirou forte e abriu a porta,fui andando devagar com medo de ter errado,quando ouvi gritar meu nome e dessa vez não era o motorista...
---------------------------------------------------------------------------------------------
Entrei enfim no ônibus depois de quase quebrar a porta de murros,o motorista me olhou de cima para baixo tentando intender a cena toda. Fingi não ver.
- Jolie ? - Eu gritava enquanto algumas pessoas me olhavam sorrindo e outras assustadas.
- Joseph ? - Ouvi a doce voz que eu pensei que nunca mais ouviria,e logo encontrei com os olhos o motivo de eu ter atravessado a cidade inteira em menos de dez minutos.
Corri até ela com o sorriso no rosto e o exame na mão...
---------------------------------------------------------------------------------------------
- Joseph o que voce ta fazendo aqui ? - O olhei tentando entender seu sorriso.
- Eu vou junto...
- Como assim ? - Olhei para o lado,todos estavam nos olhando,assistindo atentos aquela cena de novela mexicana e o motorista esperando com a porta aberta.
- Nós vamos ter um filho e eu passei na faculdade - Ele sorria,chacoalhou um exame na mão dele.
- Oi ? - O olhei espantada... Eu ouvi direito?
- Nós vamos ter um filho e eu entrei na segunda chamada na mesma faculdade que a sua. - As pessoas espalhadas pelo ônibus sorriam e batiam palmas,até o motorista se rendeu a um sorriso.
- Eu entendi a parte da faculdade,Joseph eu estou grávida? - Por impulso coloquei a mão na minha barriga.
- Quer ler? - ele me entregou o exame que eu tinha feito uma semana antes.
- Não,só me responde - disse devolvendo o exame - eu estou mesmo ?
- Está,nós vamos ter um bebê - Ele sorria e seus olhos molhados me fizeram acreditar. Comecei a chorar e a rir,minhas lágrimas salgavam meus lábios,eu sempre quis aquele filho,e por mais que eu e Joseph tentássemos,nunca conseguimos...
O ônibus inteiro se levantou,até mesmo o motorista... todos riam,comentavam,alguns enxugavam os olhos,outros batiam palmas...
- Espera ai - Joseph me deixou onde eu estava e foi em direção ao motorista,entregou a ele a passagem...
- Ele vai embora com você - A mulher que estava ao meu lado sorriu para mim...
O motorista carimbou o bilhete dele... Joseph voltou sorrindo e o meu pedido naquele momento era que aquela cena parasse no tempo...
Eu queria aproveitar meu amor do meu lado,meu filho tão sonhado,e a minha viagem tão esperada...
Três desejos realizados em apenas um momento... Não tinha palavras para descrever...só me pegava o olhando dormindo do meu lado com a mão na minha barriga...
E eu me disse em silêncio... Que seja doce...''
A cidade onde ficava a faculdade era à oito horas e meia de minha cidade e a passagem era cara, o que significava que minhas visitas a minha casa não seriam tão constantes quanto se eu tivesse passado na faculdade de filosofia da minha cidade vizinha.
Já estava tudo certo,meu pai iria me ajuda nos primeiros meses na cidade nova,até eu arranjar um emprego que desse para minha sobrevivência.
O apartamento já estava alugado,era pequeno,mas ótimo para uma pessoa só.
Quando descobri que tinha passado em nono lugar no vestibular acabei passando mal e fui para no hospital,o médico pediu uma batelada de exames,mais meu pai explicou a ele que era apenas emoção,mas mesmo assim eu tive que encarar a agulha.
A histeria passou e logo veio a comemoração entre amigos... Meu namorado também tinha feito a prova para entrar na faculdade minha, mas não tinha passado. E isso acabou comigo quando fiquei sabendo.
Estou com Joseph a mais ou menos dois anos e meio,nunca nos separamos,nunca brigamos,nunca ficamos tanto tempo longe um do outro.
Na mesma noite da minha comemoração,ligaram para ele para avisá - lo que ele tinha passado na faculdade que era apenas meia hora da nossa cidade.
Todos comemoraram,mais mesmo felizes por termos alcançado nosso sonho,a distância ainda nos assustava,ficamos sem se falar a noite inteira... Mais por medo mesmo de ter que decidir o que aconteceria com a gente daqui uma semana. Quando a comemoração acabou, não tivemos como fugir mais do assunto, Joseph deitou do meu lado,me abraçando e afundando o rosto no meu braço... Eu sabia que quando ele fazia isso era por que não queria conversa...
Mais já não dava para adiar.
- Como a gente faz? - perguntei para ele com medo da resposta.
- Não sei.
Ficamos em silêncio por alguns minutos...
- É isso ? ''Não sei'' ?
Senti as lágrimas dele escorrerem pelo meu braço e naquele instante eu percebi... Não teríamos saída.
Uma semana se passou,e mais varias festas de despedida também... Eu e Joseph estávamos estranhos,com medo,confusos... E bem no momento que mais esperamos para acontecer.
Não falamos mais no assunto até o último dia meu lá.
- Telefone? Mensagem? Webcam?
- Carta? Eu posso tentar ir uma vez por mês...
- É,talvez...
Mas nada nos animava de verdade... Éramos muito unidos,e algo estaria preste a nos separar... A nos deixar oito horas de distância um do outro.
E foi o que decidimos...
Ele me visitaria de dois em dois meses, sabíamos que isso não ia dar certo,mais era o único jeito e a única coisa que não nos fez desistir,eu principalmente,do nosso sonho universitário.
O dia da minha partida havia chegado,todos almoçaram em casa para se despedirem de mim,era uma nova fase que eu teria que enfrentar...
A despedida minha e da minha mãe foi um pouco molhada,mais ela sabia que eu precisava,era o que eu sempre quis. A do meu pai foi um pouco mais silenciosa,apenas conselhos,mas de Joseph foi o mundo desabando embaixo de meus próprios pés e foi o momento mais perto que eu cheguei de desistir e tentar quem sabe ano qui vem na faculdade mais próxima.
Peguei um táxi e fui a caminho da rodoviária,o motorista evitava de olhar pelo retrovisor para não me incomodar,eu chorava... eu chorava... e por mais que eu quisesse,não dava para parar.
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Eu peguei o carro do meu pai na garagem,sai de lá cantando pneu,minha mãe fez escândalo ao me ver com pressa;
- Joseph,aonde você vai menino? Aonde você vai assim Joseph??
Deixei minha mãe gritando sozinha na esquina da minha casa e fui em direção a rodoviária... Meu coração gritava no meu peito,e minha cabeça girava... há uma hora o médico que atendeu Jolie no hospital o dia que ela passou mal havia me ligado e pedido que eu fosse buscar os exames dela.
O envelope grosso com o nome do médioco e o nome completo de Julie estava no banco do meu lado.
Meu celular tocou,era Ronald,meu melhor amigo.
- Eu não vou voltar!
- O que você ta falando cara? - Rony não sabia...
- O que você quer ?
- Eu tenho uma notícia para te dar... - Ele ria,e gritava e eu nao entendia nada.
- O que?
- Voce passou na segunda chamada para entrar na faculdade de filosofia,a mesma de Jolie.
Desliguei o celular acelerando ainda mais... Meus pensamentos estavam calados,meu único pensamento era chegar vivo e a tempo na rodoviária antes dela partir...
Deixei o carro do meu pai em um estacionamento e liguei para o meu irmão ir buscar ele,disse para ele avisar a mãe que eu não voltaria para o jantar...
Rodei a rodoviária inteira atras da minha morena de casaco preto,mais não achei...
- Moço licença,você sabe se já saiu o ônibus para California?
- Cara,é aquele ali...
Olhei o ônibus roxo fechando as portas... sai desparado em direção a ele
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Minhas lágrimas assustavam a mulher que estava sentada do meu lado,ela não sabia o que fazer,então decidiu ficar calada no canto dela...
Coloquei o foninho de ouvindo repetindo comigo ' tudo vai dar certo ', será mesmo ?
O ônibus foi saindo devagar da rodoviária ,quando ele deu a partida,eu sentia que havia perdido de fez meu Joseph...
O ônibus deu um tranco para frente fazendo eu derrubar o saquinho de salgadinho que eu estava abrindo,todos pararam para olhar o motorista.
Ele estava conversando com alguém na porta,fazendo sinal de não com a cabeça. As cabeças se ergueram para frente tentando ver o que estava acontecendo,levantei um pouco enxergando lá fora,não via nada...
Sentei de novo pegando o meu saquinho de salgado no chão...
- Quem é Jolie Fanning ? - O motorista gritou da frente, e todos vasculharam o ônibus com os olhos para ver quem era.
Levante assustada com o saquinho em uma mão e a outra cheia de salgadinhos que haviam caído no chão na hora da freada.
- Sou eu - falei sem certeza se era mesmo.
- Conhece? - O motorista apontou para a porta,fui andando pelo corredor sentindo os olhares nas minhas costas. Uma mulher deu espaço no banco dela para eu entrar e olhar pela janela,o fiz.
- Joseph??? - respondi baixo,me pendurei na janela para ter certeza
- Jolie,conhece? - O motorista gritou denovo.
- Conheço,conheço! - O motorista suspirou forte e abriu a porta,fui andando devagar com medo de ter errado,quando ouvi gritar meu nome e dessa vez não era o motorista...
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Entrei enfim no ônibus depois de quase quebrar a porta de murros,o motorista me olhou de cima para baixo tentando intender a cena toda. Fingi não ver.
- Jolie ? - Eu gritava enquanto algumas pessoas me olhavam sorrindo e outras assustadas.
- Joseph ? - Ouvi a doce voz que eu pensei que nunca mais ouviria,e logo encontrei com os olhos o motivo de eu ter atravessado a cidade inteira em menos de dez minutos.
Corri até ela com o sorriso no rosto e o exame na mão...
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- Joseph o que voce ta fazendo aqui ? - O olhei tentando entender seu sorriso.
- Eu vou junto...
- Como assim ? - Olhei para o lado,todos estavam nos olhando,assistindo atentos aquela cena de novela mexicana e o motorista esperando com a porta aberta.
- Nós vamos ter um filho e eu passei na faculdade - Ele sorria,chacoalhou um exame na mão dele.
- Oi ? - O olhei espantada... Eu ouvi direito?
- Nós vamos ter um filho e eu entrei na segunda chamada na mesma faculdade que a sua. - As pessoas espalhadas pelo ônibus sorriam e batiam palmas,até o motorista se rendeu a um sorriso.
- Eu entendi a parte da faculdade,Joseph eu estou grávida? - Por impulso coloquei a mão na minha barriga.
- Quer ler? - ele me entregou o exame que eu tinha feito uma semana antes.
- Não,só me responde - disse devolvendo o exame - eu estou mesmo ?
- Está,nós vamos ter um bebê - Ele sorria e seus olhos molhados me fizeram acreditar. Comecei a chorar e a rir,minhas lágrimas salgavam meus lábios,eu sempre quis aquele filho,e por mais que eu e Joseph tentássemos,nunca conseguimos...
O ônibus inteiro se levantou,até mesmo o motorista... todos riam,comentavam,alguns enxugavam os olhos,outros batiam palmas...
- Espera ai - Joseph me deixou onde eu estava e foi em direção ao motorista,entregou a ele a passagem...
- Ele vai embora com você - A mulher que estava ao meu lado sorriu para mim...
O motorista carimbou o bilhete dele... Joseph voltou sorrindo e o meu pedido naquele momento era que aquela cena parasse no tempo...
Eu queria aproveitar meu amor do meu lado,meu filho tão sonhado,e a minha viagem tão esperada...
Três desejos realizados em apenas um momento... Não tinha palavras para descrever...só me pegava o olhando dormindo do meu lado com a mão na minha barriga...
E eu me disse em silêncio... Que seja doce...''

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